ORDEM ODONATA
Caracteres. - Os Odonatas são os
insetos vulgarmente conhecidos pelos nomes: "lavadeira" ou
"lavandeira", "lava bunda" e "cavalo de judeu".
Na fase adulta apresentam cabeça grande, olhos e peças bucais mastigadores bem
desenvolvidos, antenas muito curtas e setiformes, quatro asas grandes e reticuladas
e abdômen cilindroide, cilíndrico ou deprimido, mais ou menos alongado. São
insetos anfibióticos, hemimetabólicos e predadores.
As menores espécies medem cerca de 2
centímetros de comprimento. Na região neotropica encontram-se as lavadeiras de
abdômen mais alongado, a saber: Mecistogaster lucretia (Drury, 1732), do
Brasil, com 15,5 cm. De comprimento e 13,5 cm de envergadura, e MegaIoprepus
coerulatus (Drury, 1782), da America Central, com 14,5 cru de comprimento e
16 cm de envergadura. Todavia estes dois grandes insetos ainda são bem pequenos
quando comparados com o Proto-Donato fóssil - Meganeura monyi Brongniart,
1893, do Carbonífero
Superior de Commentry
(França), que tinha mais de meio metro de envergadura!
Anatomia externa. - Cabeça em
geral, muito grande, livre, bastante móvel e mais ou menos escavada na região
occipital. Olhos facetados mui salientes; nas espécies da
Fig.- 1 Cabeça de
Anisoptero (Orthemis sp.); 2, cabeça de Zigoptero (Hetaerinasp.);
Ant, antena; Clp, clipeo com as suas duas partes: post-clipeo, a
marcada pela linha pontilhada, e anteclipeo, a que fica imediatamente atraz do
labrum; Fr, fronte; Lm, labro; O, olho; Oc, ocelos;
Oc tr, triangulo occipital; Vx, vertex.
subordem
Anisoptera são aproximados ou contíguos;nas
da subordem Zygoptera (fig. 23-2),
sempre bem afastados um do outro. O numero de facetas, e, portanto de
omatidios que apresentam, é sempre grande; nos menores Zigopteros ha cerca de
I0.000, nos maiores Anisópteros perto de 30.000. Ocelos, 3, situados na região
post-frontal (vertex, de vários autores). Antenas muito curtas, setiformes,
apresentando 3 segmentos distintos, o basal ou proximal (escapo), o
intermediário (pedicelo) e o apical ou distal, podendo ser subdividido em 4 ou
5 artículos (distalia). Aparelho bucal de tipo mastigador, provido de
mandíbulas curtas, denteadas e robustas.
Tórax. - Protorax pequeno,
livre. Mesotorax e metatorax solidamente unidos (synthorax), apresentando
pleuritos e esternitos bem desenvolvidos e dirigidos para diante.
Fig. -
Mecistogaster sp. (Zygoptera, Coenagriidae, Pseudostigmatinae); a1 e
a2 1º e 2° pares de asas; epm2 eepm3 epímeros do mesotorax e
do metatorax eps2 e eps3 episternos do mesatorax e do metatorax st3,
metasternum; ur1, ur2 ur3, 1º, 2º e 3° uromeros; x,
mesinfraepisternum.
.
Fig. 25 - Asas de
Aeshnidae (notações de Tillyard): A (=Rs + M), arco A', segunda
nervura anal; 1A, 1ª nervura anal; Ax (An), antenodais;
Br (bridge), ponte; C, costa; Cu2, 2ª cubital; Cn
(Cux). cubitais ou cubito-anais; Cs(Cu); espaço cubital; De(t),
célula discoidal (triangulo); Df(d), campo discoidal; MA,
mediana anterior; Ms (m), espaço mediano; N, nó; O,
nervura obliqua; Pn(Px), postnoidais; Pt(pt),
pterostigma; R + M, radio-mediana; R1, radius; R2,
1R2, R3, 1R3, R4+5, ramos do radius; Rs,
sector radial; Sc(sc), subcosta; sn, subnoidal; St
(s ou ht), supratriangulo.
Pernas também
dirigidas para frente e de tal modo dispostas que, visto o inseto de perfil
(fig. 24), se articulam no tórax bem adiante da inserção das asas dianteiras.
Tal dis-
Fig. -
Asas de Libellulidae
posição não somente
facilita a pousagem do inseto em suportes verticais, ficando o corpo ás vezes
em posição quase horizontal, como permite, no voo, que se disponham formando
uma especie de cesta, na qual ficam presos os insetos que caçam. Fêmures e
tíbias espinhosos. Tarsos de 3 artículos. Azas bem desenvolvida, relativamente
longa e estreita, membranosa e com as nervuras formando um reticulo mais ou
menos complicado. Ora são hialinas, ora com maculas ou totalmente coradas. Nas
espécies da subordem Zygoptera as asas posteriores são do mesmo tamanho das
anteriores. Nas da subordem Anisoptera as posteriores são mais largas na base.
As lavadeiras que apresentam asas deste tipo, quando pousam, estendem-nas
horizontalmente, como as asas de um aeroplano. As que possuem asas do primeiro
tipo, em repouso, dispõem-nas longitudinalmente sobre o abdômen, quase
tocando-se, ou um pouco mais afastadas e dirigidas obliquamente para fora
(espécies de
(Lestes).
F i g.-
Asas de A g r i i d a e (Hetaerina s p.).
Em ambas as asas ha
nervuras longitudinais e transversais, muito numerosas, formando o conjunto um
sistema de nerração peculiar a estes insetos. Partindo do meio do bordo costal,
no ponto em que termina a subcostal, ha numa nervura transversa, mais notável
que as demais, chamada nó (nodus) e entre o nó e o ápice da asa ha, em relação
com o bordo costal, uma área pigmentada, mais ou menos extensa. Chamada estigma
da asa, ou melhor - pterostigma. A extensão do pterostigma varia-nos diferentes
grupos, havendo Zygopteros que não o apresentam.
Abdômen alongado, ora cilíndrico
ou cilindroide, ora mais ou menos deprimido. As espécies de Mecistogaster e
gêneros afins apresentam-no extraordinariamente alongado. Constituído por 10
uromeros distintos. Na extremidade do ultimo ha um par de cercos uni
articulados em forma de fórceps. Nas fêmeas as gonapofizes oriundas do 8° e 9°
esternitos são mais ou menos desenvolvidas e, em algumas espécies, formam uma
terebra ou ovipositor, capaz de perfurar galhos e folhas das plantas
(Zygopteros em geral e Anisópteros das subfamílias Aeshninae e Petalurinae).
Nos machos observa-se uma disposição curiosa do aparelho genital.
Enquanto que o orifício do canal ejaculador (poro genital ou genopóro),
protegido por 2 válvulas, está situado no 9° esternito (fig. 30), o aparelho
copulador achasse alojado numa fenda longitudinal aberta no 2° e 3°
esternitos.
Antes da copula o esperma é depositado
nesse aparelho pela aplicação, sobre ele, do poro genital. Devido a essa
singular disposição anatômica, o macho, para copular, prende, em voo, a fêmea
pelo pescoço, mediante as peças da terminalia, e aquela, uma vez agarrada,
recurva.
Hábitos. - Os Odonatos
Anisópteros voam admiravelmente e é no voo que caçam outros insetos. Ha
espécies
Fig. - Parte basal do abdômen do
(macho) de Mecistogaster sp., vista,p e l a f a c e v e n t r a l e
consideravelmente aumentada; pen, peni s .
extremamente velozes que podem fazer
mais de 80 quilômetros á hora (TILLYARD,
1917).
Fig. -
Vários tempos da copula em Zygoptera (De May, 1928).
Os Odonatos Zygopteros, embora também
capturem as suas presas voando, não se deslocam tão rapidamente como os
Anisópteros, daí se os pode apanhar com relativa facilidade.
É nas horas de sol á pino que os
Odonatos aparecem em maior numero, voando perto das coleções de água em que se
criaram. É também essa a melhor ocasião para se ver, voando ou pousados, casais
em copula. Todavia os Odonatos, principalmente os da subordem Anisoptera, podem
ser encontrados a qualquer hora do dia e em locais mais ou menos distantes dos
criadouros. Os grandes Zygopteros do gênero Mecistogaster têm sido vistos
voando em plena mata, a muitos quilômetros das coleções de água mais próximas.
Ha Odonatos de hábitos noturnos.
As lavadeiras são mui vorazes. BEUTENMÜLLER,
nos Estados Unidos, viu um grande Anisoptero, devorar 40 moscas em menos de 2
horas.
Além de moscas e mosquitos,
alimentam-se também de Himenópteros e Coleópteros. Devoram ainda outros
Odonatos menores, inclusive exemplares menos robustos da própria especie.
Postura. - As fêmeas, como as dos Efeméridas, procuram águas em
que melhor possam viver as formas jovens e aí põem os ovos. A postura varia
consideravelmente nos diversos grupos de insetos desta ordem.
Os Zygopteros e muitos Anisópteros (das
subfamílias Aeshninae e Petalurinae), isto é, todos os Odonatos que possuem uma
terebram ou ovipositor mais ou menos desenvolvido, perfuram em vários pontos as
partes não submersas ou imersas sãs das plantas aquáticas e nelas depositam os ovos
(posturas) (endofiticas). Para efetuar tais posturas a fêmea, ás vezes, é forçada
a mergulhar todo o corpo na água e o faz só, ou ainda com a cabeça presa ao abdômen
do macho (fig. 33). Os ovos das espécies que fazem posturas endofiticas são
alongados e mais ou menos encurvados. Quando muito numerosas, tais posturas podem
causar a morte das partes atacadas.
Muitos Anisópteros, mergulhando
seguidamente a ponta do abdômen na água, soltam os ovos, que se espalham na superfície
ou vão para o fundo 38 Outros, porém, incluem os ovos em massas gelatinosas,
que se prendem a um suporte qualquer á superfície d’água (posturas
exofiticas). Os ovos de tais posturas são arredondados.
Desenvolvimento post-embrionario. - Do ovo, no fim de algum tempo, sáe o embrião (proninfa)
completamen-
As
formas jovens dos Odonatos, em qualquer dos estádios do seu desenvolvimento
(odonaiades, ou simplesmente haja-
des), são do tipo campodeiforme e de
aspeto bem característico , não só pela forma geral o corpo, mas
principalmente pela conformação singular do lábio (fig. 41). Esta peça do
aparelho bucal das odonaiades apresenta se extraordinariamente alongada e com
duas articulações principais, do mento com o submento e deste com a cabeça, que
permitem a flexão sobre si mesma e sobre a face inferior da cabeça. A este tipo
especial de lábio REAUMUR deu o nome de máscara.
A larva, ao capturar uma presa qualquer, distende bruscamente o lábio,
prende-a entre as peças terminais, em forma de garras de torquês apensas ao
mento, flexiona o mento sobre o submento e este sobre o tórax. A vitima, aprisionada
entre a face interna das duas garras e posta ao alcance das
demais peças bucais, é facilmente
devorada. As odonaiades são facilmente encontradas em quaisquer águas. Na
maioria das espécies, habitam as águas pouco agitadas dos pântanos, lagoas, etc.,
vivendo mais ou menos escondidas
no fundo ou vasa, ou no meio da
vegetação submersa. Muitas vivem entre as plantas aquáticas que
crescem nas margens dos rios e riachos. Outras, finalmente, podem ser
encontradas sob ou sobre pedras, no meio da correnteza.
Todas respiram o ar dissolvido nagua. Quando, porém, se acham
completamente desenvolvidas, saindo da água, passam a respirar o ar livre,
mediante estigmas que se abrem entre o protorax e o mesotorax.
Nas odonaiades dos Anisópteros a respiração do ar dissolvido nagua é
feita por traqueo-branquias retais. Nas dos Zygopteros, que não possuem tais brânquias,
ha 3 grandes folíolos caudais, que funcionam como traqueo-branquias. Todavia, nestas
larvas, deve haver outro processo de respiração aquático subsidiário ou talvez
mesmo principal, que as mantém vivas após a ablação acidental ou experimental
dos folíolos caudais. Possivelmente nelas a respiração cutânea ou tegumentar
deve ser mais importante que a mantida pelos folíolos caudais, mesmo nos estádios
de maior desenvolvimento.
As traqueo-branquias internas das
odonaiades dos Anisópteros dispõem-se em grande numero na camara respiratória
ou retal, variando os folíolos que nela se
encontram, não só na forma, como na
disposição das ramificações traqueais em cada folíolo. A água que os banha é
aspirada pela dilatação passiva do abdômen, consecutiva a uma contração dos músculos
abdominais, que determina a diminuição da cavidade da camara respiratória,
expelindo deste modo a água nela contida. Tais movimentos respiratórios são
perfeitamente apreciáveis quando a
odonaiade se acha parada.
As contrações do abdômen, sendo mais
violentas, determinam o deslocamento do inseto, de uma para outra parte, sem
fazer uso das pernas.
Para se avaliar a força destas
contrações, basta retirar-se rapidamente d’água a odonaiade de um Anisoptero. Quase
sempre ela expele a água contida na camara retal em um jato, que cai mais ou
menos longe.
As odonaiades, como os adultos, são
essencialmente carnívoras. Alimentam-se de larvas e ninfas de outras espécies de
insetos; as de Anisópteros mais robustos podem mesmo atacar pequenos peixes.
FROST (Ent. News. 29) teve o ensejo de ver uma odonaiade atacar uma pequena
cobra d’água, deixando- a tão lesada que a mesma veio há morrer pouco tempo depois.
Todavia, as odonaiades têm também os seus inimigos naturais, representados por
peixes e Hemípteros da família Belostomatidae.
. O desenvolvimento das odonaiades processa-se mais ou menos lentamente,
durando, em espécies estudadas em outros países, de 1 até 5 anos. Tal
desenvolvimento se processa mediante uma serie de ecdises, cujo numero varia,
não só nas diferentes espécies, como, ás vezes, numa mesma especie.
A ultima odonaiade (ninfa), apresentando
grandes tecas alares, quando completamente desenvolvida, sáe da água andando
pela margem ou se agarrando a um suporte qualquer.
Depois de um período de repouso, em
geral de algumas horas nas nossas espécies, o tegumento da ninfa rompe-se no dorso
e dela emerge o inseto adulto.
Fig. - Leptemis
vesiculosa (Fabr. 1775) (Libellulidae).
A este processo de desenvolvimento
post-embrionario, em grande parte idêntico ao que se opera nos Efemerideos,
dá-se o nome de metamorfose incompleta ou hemimetabólica (HENNEGUY).
Parasitos. - Não obstante as
posturas endofiticas dos Zygopteros ficarem bem escondidas, ha
microhimenoptetos da superfamília Chalcidoidea, especialmente das famílias Mymaridae
e Trichogrammatidae, cujas fêmeas mergulham e põem um ovo em cada ovo de
Odonata.
Ha tempos tiveram o ensejo de tratar
do comportamento de alguns destes interessantes microhimenopteros aquáticos em nosso
país, parasitando ovos de Agrionidae. ODONATA 89
No Rio de Janeiro não raro se
encontram Anisópteros com mosquitos agarrados ao corpo. Trata-se de exemplares de
Pterobosca macfiei Costa Lima, 1937 (fam. Ceratopogonidae), que lhes
sugam a hemolinfa.
Importância econômica.
- Se
os Odonatos, na fase adulta, destroem grande numero de insetos prejudiciais á
agricultura, é também certo que espécies uteis ou auxiliares na defesa contra
pragas, isto é, predadoras e parasitas, são por eles devoradas.
Alguns autores os consideram uteis,
por serem grandes destruidores de mosquitos. Tal julgamento, porém, não me parece
bem fundamentado, pois os mosquitos mais perigosos, ou têm hábitos domiciliares
e raramente poderão ser destruídos pelas lavadeiras, ou, sendo espécies
silvestres, voam geralmente ao crepúsculo ou á noite, quando não ha lavadeiras
em atividade.
As odonaiades, igualmente predadoras,
têm sido também consideradas grandes devoradoras de larvas de mosquitos. A
minha convicção, como a de outros adquiridos na pratica de serviços de combate
á febre amarela e á malaria, é de que tais larvas, na profixalia
anti-culicidiana, têm um papel insignificante, seguramente inferior ao dos
peixes larvivoros.
Entretanto, como bem disse TILLYARD, até certo ponto as lavadeiras,
inconscientemente, prestaram um relevante serviço á humanidade, pois serviram
de modelo natural para o traçado do aeroplano. A ideia de se fazer uma maquina
de voar modelada nesses insetos foi primeiramente sugerida por AMANS em 1883.
Mais tarde, foi essa mesma ideia que orientou o nosso patrício SANTOS-DUMONT na
confecção do seu primeiro aeroplano, por ele cognominado
"Demoiselle", aliás, o, aliás, as memoráveis experiências.
Classificação. - Ha na
ordem Odonata cerca de 3.000 espécies descritas. Das regiões faunísticas, a
neotropica é a mais rica, não somente em espécies, como em gêneros etnogênicos
ou que lhe são peculiares. Compreende 2 subordens principais: Anisoptera e
Zygoptera além da pequena subordem Anisozygoptera, constituída
por uma especie do Japão e uma forma jovem da região do Himalaia. A seguir
apresento a chave para a determinação das subordens e famílias segundo NEEDHAM
(1929) e TILLYARD (1917).
Formas
adultas
1
Asas semelhantes; em repouso aproximadas e dispostas sobre
o abdômen .............. Subord. Zygoptera
39. 2
1’ Asas posteriores com a parte basal
mais larga que nas anteriores;
em repouso dispostas horizontalmente,
como as
asas de um aeroplano ...... Subord. Anisoptera
40. 3
Varias antenodais; azas, em geral, não
pecioladas .........
.............................................
Agriidae (Agrionidae, Calopterygidae) 41.
2’
Apenas 2 antenodais; asas pecioladas ................................................
..........................................................
Coenagriidae (Coenagrionidae) 42.
3(1’)
Triângulos semelhantes e igualmente distantes do arco: o
das asas anteriores nunca
transversalmente disposto em
relação ao eixo da asa ..............................
Aeshnidae (Aeschnidae) 43.
3’ Triângulos diferentes: o das asas
posteriores próximo do
arco e alongado em relação ao eixo da
asa; o das anteriores
bem afastado do arculus e
transversalmente alongado
na direção do eixo ................................................
Libellulidae 44.
1Abdomen cilíndrico, apresentando na
extremidade folíolos
traqueo-branquiais .......................................
Subord. Zygoptera. 2
1’ Abdômen de contorno oval ou oboval,
sem folíolos traqueobranquiais
no ápice .......................................
Subord. Anisoptera. 3
2(1) Segmento basal da antena muito
longo; lábio com uma
fenda mediana profunda e larga .......................................
Agriidae.
2’Segmento basal da antena curto; lábio
inteiro ou quase inteiro
........................................................................................
Coenagriidae.
3(1') Labium chato ou quase chato, sem
cerdas raptorias (excepto
em Cordulegaster) .......................................
Aeshnidae (Aeschnidae)
3' Labium em forma de colher; quando
fechado, cobrindo a
face até a base das antenas,
internamente munido de
cerdas raptorias ..................................................................
Libellulidae.
Autores modernos elevam as familias
citadas a categoria de superfamilias, passando para familias as respectivas subfamílias.
Assim, dividem a subordem Anisoptera em 2 superfamilias: Aeshnoidea e
Llbelluloidea, a primeira com as famílias Petaluridae, Gomphidae,
Aeshnidae e Cordulegasteridae;
a segunda com Corduliidae e Libellulidae.
Na subordem Zygoptera consideram 2 superfamilias: Coenagrioidea e
Agrioidea, a primeira com as familias Synlestidae, Hemiphlebii
dae, Coenagriidae, Protoneuridae, Lestidae, Megapodagriidae e Pseudostigmatidae;
a segunda com Amphipterygidae, Poly. Thoridae, Agriidae,
Epallagidae e Libellaginidae.
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Para o estudo das formas jovens dos
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desenvolvimento se passam
na agua, ha toda a vantagem em se
consultar tambem os seguintes
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NEEDHAM, J.G., MAC GILLIVRAY, A.D.,
JOHANNSEN, O.A., & DAVIS, K.C.
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